Por Daniel Queiroz e Amanda Salomão
O Conselho Regional de Administração do Distrito Federal realizou o XIV Congresso Nacional para Profissionais de Administração (CONPRA), com o tema “Novas tendências e desafios da Administração”, nos dias 04 e 05 de setembro.
Na solenidade de abertura do congresso, o presidente do CRA-DF, Adm. Udenir Silva, destacou a importância de conhecer as novas tendências da administração, para que o profissional consiga prevenir crises e se preparar para as mudanças que a tecnologia traz.
Além da abertura do XIV CONPRA, na solenidade também foi realizada a premiação dos trabalhos do VI Congresso Científico de Administração. Foram, ao todo, 11 trabalhos, e 06 deles foram premiados.
A palestra magna de abertura do XIV CONPRA, com o tema “Desafios do administrador” foi ministrada pelo Adm. Wagner Siqueira, presidente do CFA, que ressaltou as dificuldades das organizações nos dias atuais em aceitar a mudança. “Vivemos e trabalhamos na sociedade do futuro, mas continuamos com os valores do passado. Não basta pensar o novo, é preciso transformá-lo em realidade.”, disse.
O segundo dia do XIV CONPRA foi aberto pelo painel administradores Gilberto Socoloski e José dos Reis de Oliveira. O Adm. Gilberto Socoloski abordou o tema Corporate Compliance, citando a lei anticorrupção e a importância da integridade nas organizações. “É preciso ter empresas preparadas para lidar com integridade”, disse. Em seguida, o Adm. José dos Reis de Oliveira palestrou a respeito do Ouvidor Gestor, mostrando ponto a ponto com funciona a ferramenta de gestão do ouvidor. Segundo ele, o serviço de excelência é primordial. “A ouvidoria é um dos órgãos mais detonados pelo cidadão, porém, pouco usado. Nós estamos tentando fazer um serviço de excelência.”.
A última palestra da manhã do segundo dia do XIV CONPRA, começou com o jornalista e empreendedor social, Guilherme Portanova. À luz do tema central do XIV CONPRA, Novas Tendências e desafios da Administração, o palestrante falou sobre “a moeda da Nova Economia”. Para o jornalista, a atual economia não tem forças para continuar, se não houver uma mudança, vai haver um colapso, “o modelo atual é insustentável. A cada 100 dólares, 60 centavos vão para o pobre, isso não se sustenta”, afirma.
A tarde do segundo dia de congresso teve início com a palestra “RH na era digital: Novos Tempos, Novas Regras”, de Marly Vidal, diretora administrativa e de pessoas do Laboratório Sabin. A administradora falou sobre como o RH busca valorizar seus colaboradores, para ela investir na qualificação do colaborador é fundamental. “Falta de qualificação, o Brasil tem uma diferença dos profissionais qualificados. Investir em profissionais qualificados é a chave do negócio para eficiência profissional”, afirmou.
A palestrante Ligia Zotini Mazurkiewiz, agitou a tarde do último dia de congresso, trazendo a pergunta: “Como será um dia em 2037? ”. Segundo ela, o futuro do trabalho, das empresas e das lideranças passa pela nova gestão, que é a Inteligência Artificial (IA). “A IA emerge como um elemento chave para as estratégias de negócio em todas as indústrias”. No Brasil, a inteligência artificial já começa a ganhar orçamento próprio dentro das organizações. O volume de recursos destinado a esse segmento no país vai aumentar mais de cinco vezes em 2018 em relação ao ano passado.
Para fechar o XIV CONPRA, o palestrante Clemente Nóbrega, presidente da Innovatrix Consultoria, falou sobre “Governança na organização digital: De conformidade para agilidade”. Disrupção e agilidade são determinantes na remodelagem de uma organização na era digital. Isto supõe que acionistas e dirigentes adotem modelos de cultura que absorvam o digital como inerente ao próprio pensamento organizacional. Neste escopo, estão incluídas as preocupações sobre como as novas tecnologias afetam o mercado de trabalho, assim como a absorção da crescente influência das ciências comportamentais. Construir um novo futuro não significa abastardar o passado, mas ter agilidade para mudar. Nenhum gestor ou administrador entende para onde vai essa revolução toda que estamos vivendo; ninguém sabe o que fazer diante de um mundo que avança nessa velocidade. O fato de não haver uma resposta linear do que está acontecendo mundo afora colabora para isso”, afirmou Nóbrega.